O ARQUITETO
Frank Owen Gehry nasceu em Toroto, Canadá , em 28 de Fevereiro de 1929. Arquiteto Canadense, naturalizado Americano, possui muitas obras de grande repercussão mundial, devido aos seus projetos extremamente curvos, utilizando geralmente estruturas metálicas.
Muitas de suas obras foram implementadas em diversas partes do mundo, tornado-se elementos de contemplação e fortalecendo (ou até mesmo desenvolvendo) o turismo onde foram construídos.
Desenvolveu diversos tipos de projetos, de residências a grandes museus, tendo como obra de maior repercussão o museu Museu Guggenheim em Bilbao, na Espanha.
A OBRA
Vitra Design Museum foi construido em 1989 por Frank O. Gehry e está localizado em Weil am Rhein, Alemanha. É um dos mais importantes museus de sua catergoria do mundo.
"No início da década de 80, após um grande incêndio que destruiu boa parte de suas instalações, a indústria de móveis Vitra encarregou o arquiteto britânico Nicholas Grimshaw de desenvolver um plano geral para o complexo e novos edifícios industriais. Mas com a entrada de Rolf Fehlbaum na diretoria da empresa, novas diretrizes foram traçadas e com elas, novas propostas para a arquitetura de seus edifícios.
O novo diretor propunha novas relações entre empregados, produtos e ambientes de trabalho. Para Fehlbaum, uma boa interação entre eles resultaria em qualidade, adjetivo muito recorrente quando se pensa em Vitra Design.
As novas tecnologias e técnicas, o novo modo de relação entre operário e produto e, principalmente, as novas demandas espaciais deveriam ser refletidas não somente nos seus produtos, mas também na imagem da empresa no mercado, o que incluiria seu edifícios.
Questões como contexto, diversidade e a relatividade do mundo atual passam a acompanhar todos os edifícios construídos a partir de 1989.
Frank O. Gehry projetou o Vitra Museum Design, deixando sua marca em suas sinuosas formas e na justaposição de volumes. A obra fala sobre o autor.
Esta obra é uma contradição por si própria.
Ao mesmo tempo em que busca uma relação de formas extremamente inusitadas que não seguem um padrão, uma lógica, e ao mesmo tempo conseguem compor a fachada quando juntas, possui uma certa monotonia quando se trata do mesmo revestimento utilizado para a parte interna e externa.
Não existe uma predominância de uma única forma, e sim uma combinação de diferentes formas que contrastam entre si e compõe o todo.
Existe um acúmulo de complexidade presente nesta obra.
Ao olhar para o Vitra Museum não conseguimos decifrar o que é estrutura, o que é alvenaria, como as formas estão amarradas entre si.
O externo nada revela sobre o interno.
Sua fachada retorcida não revela a configuração dos espaços internos, gerando expectativa e surpresa ao entrar na edificação. Para reforçar mais ainda o "mistério" do interior da edificação, não existem janelas ou orifícios aparentes que indiquem a entrada de luz e ventilação.
Continuidade Exterior e Interior
Em seu interior existe uma continuidade das formas, revestimento e dinamismo existente em sua fachada. O movimento do forro e a variação do pé direito, bem como as vigas inclinadas impede, assim como na fachada, a vizualização do sistema estrutural da edificação confundido o espectador.
Clarabóias permitem desenhos feitos pela própria iluminação natural compondo o ambiente interno.
O externo não revela o meio interno, mas o interno revela o meio externo.
A surpresa aí está na relação com o ambiente externo, coberturas transparentes promovem a iluminação direta e natural dos cômodos criando cenários, tornando os espaços mais complexos.
O vídeo mostra diversas fotografias do Museu, dando uma visão geral da obra.